"O racismo no banco dos réus" em escola pública do DF - Créditos: Divulgação A experiência transformadora de "O Racismo no Ba...
"O racismo no banco dos réus" em escola pública do DF - Créditos: Divulgação
A experiência transformadora de "O Racismo no Banco dos Réus" ganha novas dimensões com o lançamento da Plataforma Brado Negro (educa.bradonegro.com/login), nesse 20 de maio. O projeto, que em novembro de 2024 levou às escolas públicas do Distrito Federal uma poderosa combinação de teatro profissional e participação estudantil, agora se consolida como ferramenta pedagógica nacional, graças ao apoio do FAC - Fundo de Apoio à Cultura do DF.
O ponto de partida da iniciativa foi a peça escrita pela professora e advogada Ana Flauzina, que recria o caso de Francisco - último escravizado condenado à pena de morte no Brasil (Pilar/AL, 1876). Encenada por atores profissionais, em três instituições de ensino, a obra serviu como catalisador para um dos momentos mais impactantes: após cada apresentação, os estudantes assumiram o papel de jurados, ao debater e decidir coletivamente o veredito sobre o caso. Essa dinâmica inovadora, que mistura arte, educação e ativismo, gerou discussões profundas sobre racismo, justiça e sistema carcerário.
Júri simulado de "O racismo no banco dos réus" em escola pública do DF - Créditos: Divulgação
Agora, a Plataforma Brado Negro preserva e amplia essa experiência. No ambiente digital, educadores e estudantes de todo o país encontram não apenas os registros completos das apresentações - com fotos, vídeos e depoimentos do elenco, professores e dos próprios alunos-jurados - mas também um rico acervo de materiais pedagógicos. Artigos, dados estatísticos, referências bibliográficas, e até questões de vestibular, compõem esse arsenal contra o racismo.
"Esta plataforma vai além de guardar memórias - ela é um chamado para transformação", destaca Ana Flauzina. A autora explica que estão em desenvolvimento materiais didáticos completos para que escolas de todo o país possam, em breve, encenar a peça e realizar os júris simulados com autonomia. "Queremos que essa experiência de reflexão coletiva sobre justiça racial não se limite a datas específicas, mas se torne parte constante do processo educativo", complementa.
O acesso é gratuito, após um cadastro simples, já é possível conhecer e usar o conteúdo dessa plataforma, que representa um marco na educação antirracista ao sistematizar uma metodologia que combina arte e ativismo. Com o lançamento do espaço digital, o projeto consolida-se como uma ferramenta poderosa para transformar a discussão sobre desigualdades raciais em ação concreta em espaços de formação para o combate ao racismo.
FICHA TÉCNICA – PLATAFORMA / PROJETO
Texto e direção - Ana Flauzina
Assistente de direção - Lilian Reis
Produção Executiva - Camila Sol
Coordenação de produção - Luciana Pacheco
Elenco - Peça
William Costa - Personagem: Francisco
Larissa Salgado - Personagem Promotora
Anna Clara - Personagem: Advogada de Francisco (Defesa)
Marcos Davi - Personagem: Capataz
Hugo Rodrigues - Personagem: Juiz
Som e Iluminação - Audiovic
Victor Luiz
Angelo Souza
Design gráfico - Nara Oliveira
Comunicação - Paó Comunicação - Daniela Luciana da Silva
Libras - Coletivo Maleta
Cinegrafista e Produtor Audiovisual - Hugo Vieira
Cinegrafista e Diretor de Pós-Produção - Iago Kieling
Cinegrafista - Leonardo Mastrangelli
Montagem e edição - VÍDEOS - Kosta Soares / Pedro Nascimento
SERVIÇO - Plataforma Brado Negro
Link de acesso: educa.bradonegro.com/login
Realização: Associação Tocaia
Apoio: FAC/DF
Fotos: https://shre.ink/bancodosreus
Instagram: https://www.instagram.com/