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Call of Duty: Black Ops Cold War - Review

Uma jornada autêntica e diferente do resto da série. Nota do editor: Esta é a análise da campanha de Call of Duty: Black Ops Cold War. Para ...

Uma jornada autêntica e diferente do resto da série.

Nota do editor: Esta é a análise da campanha de Call of Duty: Black Ops Cold War.

Para uma série conhecida por tiros virtuais desenfreados, é surpreendente quanto tempo você passa com as armas no coldre na campanha single player de Call of Duty: Black Ops Cold War. Certamente, é mais do que em qualquer outro jogo nos 17 anos de história da franquia. Seja andando no seu refúgio ou se esgueirando pela sede da KGB como um agente duplo russo que tenta descobrir como contrabandear seus amigos americanos para o prédio ultra-seguro, o mais recente CoD faz bom uso desses momentos mais silenciosos. É claro, há muitas partes barulhentas também — tiroteios em alta velocidade, perseguições em telhados e missões de assassinato. Só que, desta vez, o auge é atingido sem arma alguma empunhada.

Black Ops Cold War realmente apresenta bem o, digamos, “cenário black ops” da Guerra Fria. Jogadores verão a moda dos anos 1980, muitas TVs de tubo e muitos fumantes em ambientes fechados. É autêntico! Melhor ainda, adoro como as escolhas de quando você preenche o perfil psicológico do seu personagem realmente afetam a jogabilidade. Seu codinome é sempre “Bell”, mas você pode escolher seu próprio histórico e traços de personalidade — isso afeta as vantagens no estilo multijogador: velocidades de recarga mais rápidas ou aumento do dano causado por bala, por exemplo. Você pode até escolher seu próprio nome... a menos que, por algum motivo, você seja eu?

Veteranos de Black Ops serão agraciados com alguns rostos familiares: Woods e Mason, de Black Ops 1, estão de volta, embora eu tenha ficado um pouco desapontado pelo fato de que nenhum dos dois tenha muito a fazer na história além de agirem como coadjuvantes. Contudo, é bastante nostálgico voltar a usar as botas de Mason em diversos momentos. Também há rostos novos, mas o maior espaço de estrela co-protagonista vai para Russel Adler, lenda viva e veterano da CIA recrutado para ajudar a deter Perseu, um personagem genericamente nefasto, sombrio e mau, cujas intenções tendem ser derrubar governos… ou algo pior.

Adoro como as escolhas de quando você preenche o perfil psicológico do seu personagem realmente afetam a jogabilidade.

Você só conhece a equipe por meio das sequências pacíficas entre as missões. Nelas, você pode revisar evidências, descobrir códigos secretos e conversar com os colegas espiões. Esse aspecto da campanha me agradou muito, mesmo que nenhuma dessas conversas pareça ter um impacto no final do jogo do mesmo modo que outras decisões têm. De resto, o combate é aquele padrão pare-e-atire de Call of Duty que você já conhece, com a mesma inteligência artificial que a série sempre teve. Existe, precisamente, um tipo “especial” de inimigo: um capanga blindado que é uma esponja de balas. Os gadgets, estranhamente, mal existem aqui. E as armas não são nada que você nunca tenha visto em CoD antes.

Dito isso, fiquei impressionado com as maneiras pelas quais Cold War admiravelmente tenta cavar um novo espaço no universo Black Ops com novas mecânicas. O jogo é bem-sucedido de algumas maneiras, como tornar colecionáveis relevantes no gameplay ao usá-los como evidências dentro do universo para costurar missões, o que dá uma motivação genuína para encontrar esses itens ocultos conforme você avança ou repete as missões em que estão escondidos antes de seguir em frente. Truques clássicos de espionagem, como fotografia e lockpicking — o ato de abrir fechaduras e cadeados sem chave —, também marcam presença no gameplay.

Melhor ainda, você realmente precisa examinar algumas evidências para resolver pequenos enigmas antes de começar certas missões, adicionando um elemento de aventura à série. O mais notável, entretanto, é que existem momentos nessa campanha com potencial para mudar a franquia. Sem spoilers, mas estou curioso para saber como isso se desenvolverá nos próximos jogos de Call of Duty.

O maior problema de Black Ops Cold War é tentar trazer tantas reviravoltas quanto o primeiro Black Ops… Não deu muito certo. Admiro os diferentes finais, no entanto. Fiquei surpreso e positivamente horrorizado quando vi quão negativo poderia ser o pior final. Eu queria ver até onde o jogo iria e… Digamos que é algo bem sombrio. Foi bem mais legal do que o final do cara bonzinho que vi depois. E agora quero rejogar para descobrir os outros.

Ademais, embora seja divertido escolher entre jogar o vilão do topo do prédio ou interrogá-lo, como na cena de abertura do Batman de Tim Burton, a melhor missão de Black Ops Cold War, praticamente, não usa armas. Em vez disso, é uma passagem sob disfarce em um edifício do governo cheio de inimigos. Se soa familiar, é porque você viu algo muito similar em Call of Duty: World War II, em 2017. Sim, há muitos agentes da KGB para enforcar furtivamente e esconder em armários, no maior estilo Hitman. Mais divertido ainda é escolher como você vai cumprir o objetivo sem disparar um tiro. É possível passar muito tempo explorando para descobrir todas as opções.

Finalmente, vamos falar sobre os gráficos: embora eu não tenha visto as versões de PS5 e Xbox Series X ou PS5 para essa análise, é muito impressionante em computadores mid/high-end. Ambientes e rostos, especificamente, estão incrível. Tecnicamente falando, é um belo aprimoramento em relação ao já estonteante reboot de Modern Warfare.

O Veredicto

O gameplay de Call of Duty continua sendo, primordialmente, focado nos tiroteios. No entanto, Black Ops Cold War sucede ao tornar os momentos de paz parte da experiência em vez de um extra entre sequências explosivas. A história não alcança o patamar do primeiro Black Ops, mas a importância dada a encontrar e decifrar evidências, assim como os vários finais, basta para justificar uma jogatina que dure além das seis horas de campanha.

Fonte IGN Brasil