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Ação Mulher no Campo fez 22 mil atendimentos à população rural

As mulheres de áreas rurais do Distrito Federal têm recebido atenção especial do governo. Desde junho de 2021, foram realizados 22 mil atend...

As mulheres de áreas rurais do Distrito Federal têm recebido atenção especial do governo. Desde junho de 2021, foram realizados 22 mil atendimentos à população feminina deste segmento em 23 comunidades por meio do programa Ação Mulher no Campo, da Secretaria da Mulher. O projeto facilita o acesso do grupo a serviços públicos, como a promoção da saúde e dos direitos sociais.

Além dos atendimentos, o governo concedeu ao grupo um box na Torre de TV para comercialização de artesanato e produtos alimentícios de produção das mulheres

O projeto nasceu a partir das demandas compartilhadas pelas mulheres no Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e Cerrado – estabelecido pelo Decreto nº 40.220, de 31 de outubro de 2019, que ocorre bimestralmente com a presença de lideranças femininas do campo. Esse é o momento em que elas têm a chance de levar as necessidades da comunidade e solicitar serviços ao governo.

O resultado foi apresentado durante o 1º Seminário das Mulheres Rurais, realizado na tarde desta quinta-feira (15) no Salão Nobre do Palácio do Buriti. O evento integra as ações do fórum, que retorna em 14 de fevereiro de 2023 para uma nova reunião.

A secretária da Mulher, Vandercy Camargos, destacou a aproximação do GDF com as mulheres do campo: “Não são elas que vêm até aqui, nós é que vamos até a área rural darmos todo o apoio e assistência e o encaminhamento das reivindicações delas” | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

“Hoje nós apresentamos as respostas [das demandas] e elas sentem a presença do governo por meio da Secretaria da Mulher e das demais secretarias parceiras”, afirma a secretária da Mulher, Vandercy Camargos. “Começamos com poucas mulheres. Elas foram acreditando e isso nos deu a possibilidade de estarmos próximo delas. Não são elas que vêm até aqui, nós é que vamos até a área rural darmos todo o apoio e assistência e o encaminhamento das reivindicações delas”, completa.

Além dos atendimentos, o governo concedeu ao grupo um box na Torre de TV para comercialização de artesanato e produtos alimentícios de produção das mulheres. Localizado na Ala C, o Box 96 terá um revezamento das mulheres ligadas às associações.

“Isso era uma solicitação muito forte e agora nós temos essas mulheres trabalhando de sexta a domingo com escalas mensais no box. É uma conquista muito importante”, destaca a subsecretária de Promoção das Mulheres da Secretaria da Mulher, Luene Garcia. “Aqui é o local onde elas falam e colocam suas necessidades e fazemos as interlocuções para que as demandas sejam atendidas”, acrescenta.

Moradora da área rural de Brazlândia, Viviane Moreira participa do Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e Cerrado desde 2020

Estímulo ao comércio

Moradora da área rural de Brazlândia, Viviane Moreira, da diretoria da Associação Rural Gabriela Monteiro (Argam), participa do fórum desde 2020. Ela diz que enxerga no encontro um mundo de oportunidades. “Aqui encontramos mulheres de todo o DF e isso é muito bom. Trazemos nossas demandas, como a questão da mobilidade, do investimento na agricultura familiar, da saúde da mulher e da comercialização dos nossos produtos”, conta.

Para Viviane, o box na Torre de TV é uma das soluções encontradas no fórum. “Esse box nos dá condições de divulgar o nosso trabalho no coração de Brasília. Acho que precisamos continuar trabalhando e fortalecendo esse fórum de mulheres”, analisa.

Petra Magalhães é uma das mulheres que já expõem produtos no box ao lado de outras artistas que integram o Grupo de Artesãs do DF

Da área rural de Samambaia, Petra Magalhães é uma das mulheres que já expõem produtos no box ao lado de outras artistas que integram o Grupo de Artesãs do DF. “Desde a semana passada, estamos expondo nossos produtos, que fazemos nas nossas áreas mesmo com todas as dificuldades. É uma oportunidade única para a gente que é do campo”, diz.

Segundo ela, essa era uma das maiores demandas levantadas nas edições do fórum. “A gente confecciona e luta para ter espaço de exposição. Então é a realização de um sonho podermos mostrar o trabalho, além de ser nosso empoderamento”, garante. Entre os produtos comercializados, estão geleias, itens de crochê, bonecas, essências para ambientes, biscoitos e produtos em conserva.

Fonte Agência Brasília