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Produtores rurais do DF contam com cursos de marketing e e-commerce para desenvolver seus negócios

Mais do que auxiliar os produtores rurais com insumos, técnicas e tecnologias, o Governo do Distrito Federal (GDF) quer fortalecer o segment...

Mais do que auxiliar os produtores rurais com insumos, técnicas e tecnologias, o Governo do Distrito Federal (GDF) quer fortalecer o segmento ao tornar os homens e as mulheres do campo em verdadeiros empreendedores. Essa transformação vem sendo feita por meio de dois programas: Empreender e Inovar e Filhos deste Solo, desenvolvidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF).

“Sentimos que havia a necessidade de ajudar o produtor na gestão de negócios, por isso estamos promovendo cursos para auxiliar no comércio eletrônico”

Cleison Duval, presidente da Emater-DF

Este mês as duas iniciativas ganharam reforço, com a disponibilização de um curso gratuito de marketing digital e e-commerce voltado para os beneficiários dos dois projetos e técnicos da empresa – que atuarão como multiplicadores –, com aulas teóricas presenciais e mentoria. A primeira aula foi ministrada nesta terça-feira (6) na sede da Emater. O curso segue nos dias 7, 13 e 14 de agosto, quando serão dadas as aulas teóricas. Durante dois meses, cada produtor será acompanhado individualmente sobre o uso das ferramentas e a aplicação nos negócios.

Durante dois meses, cada produtor será acompanhado individualmente sobre o uso das ferramentas e a aplicação nos negócios | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

“Durante muito tempo a Emater trabalhava da porteira para dentro, ajudando o produtor na parte primária e de produção. Mas há alguns anos isso vem mudando para que possamos trabalhar da porteira para fora”, destaca o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Sentimos que havia a necessidade de ajudar o produtor na gestão de negócios, por isso estamos promovendo cursos para auxiliar no comércio eletrônico”, revela.

De acordo com o coordenador dos programas Empreender e Inovar e Filhos deste Solo, Carlos Goulart, uma das preocupações da empresa era com a rotatividade e falta de retorno financeiro dos produtores rurais

Segundo o coordenador dos programas Empreender e Inovar e Filhos deste Solo, Carlos Goulart, uma das preocupações da empresa era com a rotatividade e falta de retorno financeiro dos produtores rurais. “Por que mesmo com toda a qualidade tecnológica, os produtores não prosperavam financeiramente? Chegamos a conclusão que, embora eles fossem excelentes produtores, ainda não eram empreendedores. Se o produtor não entender de negócio, ele não prospera”, afirma.

A produtora de café Núcia Cenci entrou no novo curso oferecido pelo programa Empreender e Inovar buscando compreender mais sobre a divulgação e a comercialização no mundo digital

Por isso, os programas ensinam sobre gestão financeira, planejamento estratégico e, agora, técnicas de marketing e de comercialização eletrônica. A expectativa é de que os cursos ocorram anualmente para capacitar produtores que já foram beneficiados pelos programas de negócios rurais da Emater.

Capacitação

Foi buscando compreender mais sobre a divulgação e a comercialização no mundo digital que a produtora de café Núcia Cenci, 53 anos, entrou no novo curso oferecido pelo programa Empreender e Inovar. Ela quer tornar mais conhecido o trabalho na Fazenda Santa Rosa, no Programa de Assentamento do Distrito Federal (PAD-DF), onde a família promove turismo de experiência e produz café para a agroindústria própria Café Grão Nativo.

“Sei o básico, mas estava precisando de um conhecimento mais especializado. Sem sombra de dúvidas, a internet e as redes sociais são capazes de atingir um grupo maior de pessoas. Porque aquele que não é visto, não é lembrado. Então, esse curso está sendo muito importante”, afirma.

Avessa às redes sociais, a produtora rural Mariana Falqueto, 34, quis participar da capacitação porque percebeu a necessidade de estar posicionada na internet após a marca Delícias da Dinda – em que ela e a mãe produzem produtos de panificação em propriedade no Núcleo Rural Tabatinga – participar da AgroBrasília.

“Todo mundo perguntava qual era a nossa rede social, porque é por lá que as pessoas procuram saber. Vi que era algo essencial. Então, o curso é um impulso para os nossos negócios e um meio para facilitar do cliente chegar até a gente, e da gente chegar até o cliente. Estamos aprendendo ferramentas que vão ajudar bastante”, defende.

Fonte Agência Brasília