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A campanha Outubro Rosa vem lembrar a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, que é o tipo de câncer que mais acomete mulheres no Brasil. O Hospital Alberto Cavalcanti (HAC), que integra o Complexo de Especialidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), é a principal referência em oncologia na rede pública estadual. Somente de janeiro a setembro deste ano, a unidade já realizou mais de 2.500 consultas e quase 150 cirurgias de pacientes que estão tratando o câncer de mama, além de mais de 8.400 sessões de quimioterapia.
Saionara Antônia Teixeira Siqueira, 53 anos, está em tratamento no HAC e esteve no estúdio de perucas para experimentar alguns modelos. “É uma iniciativa maravilhosa, ajuda muito a recuperarmos um pouco da nossa autoestima. Eu tinha o cabelo abaixo dos ombros e, após 20 dias de quimioterapia, começou a cair bastante. O médico já havia me orientado, mas quando você vive isso é diferente. Fiquei sem chão, eu vivia triste e chorando. Sou muito grata a Deus e à minha família, que têm me dado força para seguir. Agradeço diariamente por mais um dia de vida”.
Ela foi diagnosticada com câncer de mama em dezembro do ano passado, após dois anos sem fazer mamografia. “Em novembro, comecei a sentir algumas pontadas embaixo do seio direito, mas antes disso eu já sentia uma queimação, achei até que poderia ser princípio de infarto. A confirmação do câncer veio depois do exame na mama. Em maio, passei pela primeira cirurgia e, em seguida, iniciei as sessões de quimioterapia”, conta.
Saionara recorda o sentimento ao receber o diagnóstico. “Foi terrível, jamais pensei que passaria por isso algum dia. Foi um turbilhão de emoções para mim e para a minha família”, afirma ela, que aproveita para elogiar o serviço do HAC. “O atendimento tem sido bom. São profissionais muito atenciosos e carinhosos conosco”.
Bom exemplo
Maria Suely Augusta da Cunha Silva, 57 anos, descobriu o câncer de mama ao realizar o autoexame em sua casa e também iniciou o tratamento na unidade, em 2016. “Foi assustador, tive muito medo. Quando fui diagnosticada, tinha apenas quatro meses que eu havia feito a mamografia e os ultrassons. Meu tratamento durou dez meses, foi um período difícil e doloroso, mas passei por ele na certeza da cura, pela minha fé. Tive um tratamento de excelência no Alberto Cavalcanti. A equipe teve todo o cuidado em me deixar confortável, segura e confiante, o que fez com que a experiência vivida no hospital fosse positiva e minhas necessidades prontamente atendidas. Hoje, celebro nove anos de cura do câncer de mama”, conta.
Segundo ela, a melhor forma de tentar evitar o câncer é manter hábitos saudáveis.“O câncer de mama é uma doença multifatorial, ou seja, não existe uma causa única. Alguns hábitos podem ajudar na redução do risco de desenvolvê-la, como evitar consumo de bebidas alcoólicas e manter a prática de atividades físicas regulares. Além disso, a amamentação também atua na prevenção”.
O diagnóstico é feito por meio de biópsia de uma lesão suspeita e, quanto antes realizado, maiores as chances de cura da paciente. “Por isso, a importância de realizar exames regulares como a mamografia, na qual é possível identificar lesões bem pequenas, iniciais, que ainda não são possíveis de sentir”, alerta a médica.
A mastologista destaca ainda que para um bom resultado do tratamento, além dos hábitos de vida saudável, é essencial o apoio e suporte emocional de amigos e familiares.
Fonte Agência Minas Gerais