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Black Metal: imagem de traficante morto no RJ vira capa de álbum e gera debate acalorado

reprodução A banda   paulista de  Black Metal Gornan  divulgou a capa de seu novo álbum usando uma imagem real e bastante perturbadora: a ca...

Black Metal: imagem de traficante morto no RJ vira capa de álbum e gera debate acalorado
reprodução

A banda paulista de Black Metal Gornan divulgou a capa de seu novo álbum usando uma imagem real e bastante perturbadora: a cabeça decapitada de um integrante da facção criminosa Comando Vermelho (não a imagem real, mas uma “arte” desenhada). A mesma imagem usada na capa também estampou camisetas que estão sendo comercializadas pela banda.

Entretanto, familiares da vítima, movimentos de direitos humanos e até alguns fãs do próprio metal extremo reagiram com indignação. As críticas apontam que o grupo não apenas ultrapassou limites éticos, mas também transformou uma tragédia em material de marketing, explorando a morte de alguém como forma de chocar e chamar atenção.

O caso remete inevitavelmente a episódios obscuros da história do metal, como o Mayhem, que nos anos 90 usou a foto do suicídio do próprio vocalista, Dead, na capa de um álbum. Na época, a atitude dividiu até os fãs mais fiéis: seria isso uma expressão artística ou pura exploração do horror?

Yago Ravel, o traficante de 19 anos retratado na arte, foi encontrado morto vestindo roupas camufladas. Em suas redes, onde reunia pouco mais de dois mil seguidores, aparecia armado e fazendo sinais atribuídos à facção.

O laudo da morte mostra que o traficante, além de decapitado, recebeu múltiplos cortes, teve fraturas faciais e a ruptura completa da medula cervical.

Em um comunicado no Instagram, a banda se procunciou sobre a repercussão e qual é o objetivo com tudo isso:

“Qual é o nosso propósito com essa vendas? Todo o dinheiro arrecadado com as camisetas vai para as Ong’s e projetos sociais que trabalham com o objetivo de prevenir a entrada de crianças e jovens na criminalidade e ajudar aqueles que já estão situação de vulnerabilidade. Mesmo com todos os julgamentos e olhares tortos que estamos recebendo, estamos transformando todo esse hype em algo positivo e que possa ajudar pessoas, não é porque somos uma banda de Black Metal que não podemos usar esse caos para algo maior. O caos e a revolta que expressamos na música também podem gerar algo bom, nós somos atitude, nós somos Gornan, não seguimos regras, fazemos as regras.”

Nos comentários do mesmo post, a banda ainda disse:

“Não curtiu o nosso som? Não curtiu nossa capa? E só sair do nosso perfil e não escutar, mas não tente derrubar algo que vocês nunca tentaram fazer ou não teve a disposição e coragem de fazer algo para mudar a nossa situação.”

Como era de se esperar, logo a banda começou ser tachada de comunista por uns e n@zist@ por outros, e eles responderam:

“Aqui está um post necessário sobre o nosso posicionamento.
A Gornan é contra qualquer tipo de ideologia, repudiamos o nzsm, religiões e toda forma de doutrina que busca controlar o indivíduo. Somos totalmente F.T.W.

Nossa música é sobre guerra, caos e verdade.
O war Black Metal que fazemos reflete a maldade da escória humana.

Usamos símbolos como choques não apenas como manifestação do impacto e do confronto que representamos, mas também como parte da nossa estética da banda.”

Na publicação mais recente, eles prestaram homenagem aos quatro policiais mortos em combate:

“Primeiramente meus pêsames à família dos 4 policiais que foram grandes guerreiros no combate ao crime, nossa banda não usou uma foto de nenhum criminoso, é uma arte desenhada e fisionomia do rosto diferente. Viva o Black metal e todas as forças armadas ⚔️🔥”

Fonte Mundo Metal BR