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STALL THE ÖRANGE, PROJETO LIDERADO POR LUIZ LIBARDO

Indie rock e pós-punk oitentista regem questões existenciais em álbum de estreia de Stall The Örange.  ‘Colours are Distorted’ está disponív...

Indie rock e pós-punk oitentista regem questões existenciais em álbum de estreia de Stall The Örange. ‘Colours are Distorted’ está disponível em todos os aplicativos de música.

Stall The Örange, projeto liderado por Luiz Libardo, em todas as plataformas musicais, o disco de estreia, Colours Are Distorted. Natural de Brusque (SC), o artista assina a composição, execução e produção de todas as faixas do disco, lançado de forma independente. Ouça aqui e assista ao clipe de Eventually, carro chefe do álbum, aqui.

O EP de estreia divulgado há um ano, intitulado It’s a Chromatic Circle, But, deu as boas-vindas ao grupo no cenário underground catarinense. E o batismo do novo trabalho foi pensado justamente para se conectar com o EP: It´s a Chromatic Circle, But Colours Are Distorted, iniciando assim uma narrativa singular.

Dualidade de mundos, reflexões existencialistas, impermanência e relações humanas, são temas discorridos ao longo das dez faixas gravadas entre 2018 e 2020, no Pistache Estúdio em Brusque (SC), e produzido por Luiz junto a Davi Carturani. A atmosfera do álbum resgata aquele indie rock que dominou o mundo em meados de 2006, aglomerando as casas de rock da Rua Augusta em São Paulo, trazendo também elementos do pós-punk dos anos 80, new wave, dream pop e rock alternativo, temperado pela sonoridade neo psicodélica presente em algumas faixas.

“Após passar por um período tomado pela síndrome do pânico, a percepção da realidade tinha sido totalmente distorcida. Ao mesmo tempo em que identificava que estava interpretando o mundo ao seu redor de forma deformada, me encontrava preso a ideias e pensamentos que não existiam. Era uma dualidade que enfrentava diariamente, e que motivou a escrever as músicas do álbum”, revela Luiz.

CAPA

Assinada pela designer catarinense Laura Marchi, a capa respeita a estética pós-punk já estabelecida como identidade visual da banda. A artista revela que concebeu a primeira ideia, a partir de rabiscos coloridos, há três anos. “A tipografia é bem interessante, porque é, na realidade, a caligrafia do Libardo, que também usamos em todos os materiais da banda. A textura do background é uma fotografia que tirei de uma porta de vidro de noite. Para o álbum eu só uni os elementos que já havíamos criado e busquei condizer com toda a construção de identidade desde o primeiro single”, revela Laura.

FAIXA A FAIXA

To Have No Time é o interlúdio que abre o álbum, a faixa de apenas vinte e um segundos, encaixa como uma peça de quebra-cabeças na última música, podendo formar um looping, se o disco for ouvido em repetição.

Escolhida para batizar o título do compilado, Colours Are Distorted, traz uma melodia e harmonia alegres contrastando com a temática da canção. “É uma ode ao desânimo, fala do descrer na vida moderna. Mescla o instrumental ironicamente animado e guitarras inspiradas no movimento post-punk em uma música triste e dançante”, revela Luiz.

Tomorrow tem seu início marcado por uma densa atmosfera post-punk, embarcando o ouvinte para os anos 80. Já o refrão, traz a nostalgia indie dos becos das casas de shows do centro de São Paulo, no início dos anos 2000. A letra é uma crítica à ditadura da positividade tóxica, que se transforma em uma intensa cobrança para se viver dentro dos padrões de felicidade, estabelecidos para todos que compõem um grupo social de não-vulnerabilidade, ignorando a individualidade e gatilhos mentais de todos os indivíduos.

A quarta faixa, That’s Nöt Me Anymore, que foi lançada como single, se destaca como a mais pesada do disco. Regada a fuzz no baixo, bateria distorcida e um vocal banhado no autotune, a música discorre sobre o movimento e a incessável mudança, o que motiva seres humanos a permanecerem vivos. O final é típico de um encerramento de show, solos de guitarra choram com backing vocals melódicos dando um tom de impermanência melancólica.

Logo nos primeiros segundos, nota-se que Eventually é a balada do álbum, envolta em muitos elementos que corroboram com o tema da música, encontrados principalmente nas frases de guitarra dramáticas que antecedem o último refrão. “Ela traz a mescla da suavidade acústica do violão com a psicodelia dos sintetizadores retrô, fala da boa surpresa que alguém pode ser na nossa vida, principalmente nos momentos ruins”, pontua o frontman.

Ao ouvir Bel For The Enemies, percebe-se de cara uma passagem de “fase”, como se iniciasse um novo capítulo dentro da narrativa do compilado. Além de orquestrar a emenda com a próxima faixa, ela homenageia o cantor cearense Belchior, trazendo toques da Música Popular Brasileira.

Don Drp é possivelmente a canção mais pop do disco. Ela homenageia o personagem da série Mad Man, cujo nome dá título à canção.

Would You Feel Cold é uma das músicas mais extensas do álbum e entrega de início, um ambiente dançante que se mantém por toda a faixa, somado a elementos que revelam no meio da música, um tom de urgência evidenciado por todos os instrumentos, que resulta em mais uma emenda do disco. “Esse som retrata o sentimento de apatia que se pode encontrar no desânimo com a vida. A música traz referências de The Smiths e Pink Floyd nas passagens”.

Wish é a mais indie do set list, trazendo com força a nostalgia do Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not – álbum de estreia dos ingleses Arctic Monkeys. Foi a primeira faixa a ser escrita por Luiz: “Ela fala sobre a ansiedade de viver insatisfeito, querer mudar e se auto sabotar”.

A união de elementos do trap ao indie rock, resulta em uma triste canção dançante na música escolhida para encerrar o disco. Afraid, retrata a limitação humana dentro do tempo, engolidas pela sensação de incapacidade durante a sua existência. A faixa mais longa do álbum é regida pela cozinha e seu final emenda perfeitamente com a intro do compilado..

OUÇA AQUI

FICHA TÉCNICA

Álbum

To Have No Time
Colours Are Distorted
Tomorrow
That’s Nöt Me Anymore
Eventually
Bel For The Enemies
Don Dr
Would You Feel Cold
Wish
Afraid

Gravação e produção por Luiz Libardo e Davi Carturani
Composição e letra por Luiz Libardo
Mixagem por Davi Carturani
Artes por Laura Marchi
Fotos por Victor Michelato

SOBRE STALL THE ÖRANGE

A banda catarinense, liderada pelo compositor Luiz Libardo, natural de Brusque (SC), começou a dar os seus primeiros passos em 2017. Desde então, já se apresentou por diversas cidades do Brasil, participando de variados eventos culturais, entre eles o Festival Não Vai ter Coca, Semana do Rock Catarinense e Stall The Örange Festival, idealizado e realizado pelo grupo.

Inspirada em bandas alternativas dos anos 80 e combinando fundamentos de bandas indies contemporâneas, Stall the Örange mescla referências do dream pop, rock alternativo e pós-punk.

Em 2021 lançou o single intitulado Eventually, sucessor do EP debutante, It’s a chromatic circle, but. Em novembro de 2021, o conjunto se prepara para a divulgação do seu álbum de estreia contendo dez faixas, Colours Are Distorted, lançado de maneira independente, e produzido, gravado e composto pelo frontman do projeto.

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