A região administrativa de Planaltina amanheceu nesta segunda-feira (9) com agentes da Vigilância Ambiental circulando por alguns bairros da...
A região administrativa de Planaltina amanheceu nesta segunda-feira (9) com agentes da Vigilância Ambiental circulando por alguns bairros da cidade para inspecionar um a cada quatro imóveis. A visita faz parte do trabalho para colher dados para o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), que estabelece os focos do mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e do chikungunya.
Só nesta segunda, foram inspecionados 416 imóveis. Em 123, houve tratamento e foram coletadas 37 amostras.
“Estamos começando hoje o LIRAa em Planaltina para ver a situação da cidade, como está a infestação, quais são os bairros mais infestados, para que possamos focar ações naqueles locais”, explica a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental de Planaltina, Michele de Brito Peçanha.
A localidade foi determinada pelo sorteio do Ministério da Saúde. Cabe aos agentes visitarem 20% da região administrativa ao longo da semana. Ao fim de cada dia, é feita uma análise da situação das residências visitadas para que, na semana seguinte, a equipe retorne e inspecione todas as casas das áreas com mais risco de infestação para o tratamento focal e perifocal, com larvicidas, e, no caso de circulação viral, para a utilização do fumacê.
O principal trabalho de combate ao mosquito é a vistoria dos imóveis. “Porque assim podemos monitorar as áreas e entrar com as armadilhas, além de monitorar se a infestação teve redução”, informa Michele. O objetivo é impedir a criação do mosquito e, consequentemente, a transmissão de doenças, como a dengue.
“O primeiro LIRAa de 2023 vai identificar no menor tempo possível onde, como e quais os depósitos os mosquitos Aedes aegypti estão coabitando”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. O profissional destaca que o levantamento permite uma campanha direcionada para os depósitos e para a eliminação ao maior número de mosquito. “Só assim conseguimos eliminar o processo de transmissão da doença.”
Vistoria
Ao fim de cada dia, é feita uma análise da situação das residências visitadas para que, na semana seguinte, a equipe retorne e inspecione todas as casas das áreas com mais risco de infestação para o tratamento focal e perifocal, com larvicidas, e, no caso de circulação viral, para a utilização do fumacê
Há quase dois anos como agente da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Railane Viana dos Santos iniciou os trabalhos desta semana no bairro Nova Planaltina. No local, ela visitou algumas casas, orientou moradores sobre não deixar água parada e manter o quintal limpo. Também iniciou o tratamento em caixas d’água. “Não encontrei nenhuma larva, só locais que poderiam ser criadouros. Então, eliminei algumas vasilhas expostas em quintais e tratei uma caixa d’água”, detalha.
Para ela, as ações de vistoria são de suma importância. “Se a gente não passa tratando, muita gente não faz, porque é leiga. Apesar de tanta orientação, as pessoas não veem a importância de cuidar do quintal e de cuidar da própria família. É muito perigoso, por isso passamos com tanta frequência”, revela.
A aposentada Terezinha Maria Valeriano, 72 anos, costuma receber os agentes da Vigilância Ambiental. Nesta nova visita, ela foi orientada a virar o suporte de plantas que estava vazio para o chão. “Graças a Deus, nunca encontraram nenhum foco na minha casa, mas porque aqui minha filha sempre dá uma olhada. Cuidamos direitinho”, diz.
Maria Creusa Silva de Queiroz, 65 anos, mora há um ano no bairro Nova Planaltina. Com um quintal com muitas plantas, a aposentada recebeu a orientação de evitar o acúmulo de lixo na área verde.
Ela gostou da visita: “Acho muito bom, porque sabemos que estão monitorando o mosquito”.
Fonte Agência Brasília