Erika Cândido num dos ambientes do Festival de Berlim - Arquivo Pessoal A produtora executiva Erika Candido, da Kilomba Produções, é uma das...
Erika Cândido num dos ambientes do Festival de Berlim - Arquivo Pessoal
A produtora executiva Erika Candido, da Kilomba Produções, é uma das cinco profissionais negras de audiovisual selecionadas pelo Programa Nicho Executiva, do instituto NICHO 54, que oferece treinamento e intercâmbio profissional em mercados internacionais
Acelerar a inovação, fazer contatos na área técnica e financeira, ampliar redes de partilhas tecnológicas, conhecer pessoas da área do mundo inteiro, compartilhar experiências para igualdade e diversidade. Esses são alguns objetivos da produtora executiva Erika Candido na ida ao European Film Market, evento de mercado que acontece durante o Festival de Berlin, por meio de seleção realizada pela Nicho 54. A produtora participa da programação relacionada às frentes de mercado do tradicional evento, realizado entre 16 a 26 de fevereiro, na capital alemã.
Além da expectativa em relação a essas metas, Candido ressalta a mudança das condições da estreia nesse tipo de viagem de negócios: “Em 2019 fiz minha primeira viagem internacional, que foi para o Festival de Cinema de Cannes, que só aconteceu por uma mobilização coletiva de pessoas negras que queriam me ver naquele espaço. E essa viagem que estou fazendo agora, para o Festival de Berlim, graças à iniciativa da NICHO 54, para além de colocar nesses espaços, nos proporciona isso com qualidade, com organização e infraestrutura.”
Os resultados da ida a Cannes, segundo Erika, potencializaram seus sonhos e, ainda, resultaram em ações concretas, como a criação da Kilomba Produções, além de reforçar sua confiança e fé no próprio potencial, motivando sua vontade de transformação e realizações. “E agora essa viagem também irá me proporcionar novos olhares, lugares e processos, então acredito que elas se relacionam, pois fazem parte de um ciclo de evolução pessoal e profissional e, para além disso, do audiovisual negro brasileiro circulando em outros espaços", explica ela.
Outro ponto que a produtora ressalta, sobre a estadia na Alemanha, é que vão com ela – literal e simbolicamente - outras mulheres negras, que também trabalharam em suas marcas e seus projetos para atualmente ela e outras profissionais negras que estão em Berlim possam usufruir de melhores oportunidades e estrutura, nesse momento: “Levo comigo o que foi plantado durante tantos anos, coletivamente, a nossa dedicação em produzir cultura, especialmente no audiovisual e cinema brasileiro. Vai comigo esse legado coletivo, vai comigo a Kilomba, vamos juntas circular no mercado audiovisual internacional”.
Erika Cândido e equipe do filme “Ash Wednesday”, exibido na Mostra Geração 14Plus, de João Pedro Prado e Bárbara Santos, que tem nacionalidade alemã, falado em português, com atores brasileiros - Arquivo Pessoal
Além dessa ida ao Festival de Berlim, Erika Cândido estará em outras viagens internacionais previstas pelo Programa Nicho Executiva. O edital que selecionou Erika foi realizado entre os dias 19 e 25 de novembro, o chamamento da segunda edição do NICHO Executiva contabilizou 56 inscrições de produtoras executivas vindas de 13 estados brasileiros, em 7 dias, sendo selecionadas cinco profissionais.
ERIKA CÂNDIDO - Uma das mais requisitadas produtoras do país, com premiações em Rotterdam, Sundance, Cannes, além dos maiores festivais nacionais. Assina a produção dos filmes “A Vida Invisível”, “O Estopim”, “3 verões”, dos premiados “Kbela” e “Uma Paciência Selvagem me trouxe até aqui”. Fundou a Kilomba para ter um espaço de criação e formação de profissionais negros. Em 2021, foi responsável pela direção de produção do especial “Isso é coisa de preta”, para o canal GNT. Ela também assinou seu primeiro longa-metragem “Elza Infinita”, atualmente disponível no catálogo da Globopay. Erika é carioca e cria de Vicente de Carvalho.
NICHO 54 - Atualmente dirigido por Fernanda Lomba, fundadora do instituto ao lado de Heitor Augusto e Raul Perez, o NICHO 54 visa fomentar a presença negra no audiovisual. Incorporando perspectivas de gênero, classe e orientação sexual, atua na estruturação de carreiras de pessoas negras com vistas a posições de liderança criativa, intelectual e econômica.
O Instituto está estruturado em três pilares: Formação, que compreende a capacitação para profissionais exercerem distintas funções na cadeia do audiovisual; Curadoria, cuja ênfase está na formação do olhar e de disputa do imaginário, seja por meio da programação de filmes quanto na oferta de oficinas e vivências curatoriais para jovens profissionais negros; e Mercado, com ações de estímulo à aproximação entre profissionais e a indústria, bem como atuando na sensibilização de agentes contratantes e realização de ambientes de mercado para projetos de realizadores negros.
Fonte Assessoria de Imprensa: Paó Comunicação – 61 98179-9316