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Projeto de videodança leva reflexões sobre sonhos a alunos da rede pública

Até a próxima terça-feira (10), escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal recebem o projeto de videodança D’Sonhos. Com o aporte...

Até a próxima terça-feira (10), escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal recebem o projeto de videodança D’Sonhos. Com o aporte de aproximadamente R$ 100 mil do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC), um instrumento de fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), a iniciativa leva para cerca de 5 mil alunos do ensino fundamental e médio a dança, a arte cênica e muitos bate-papos.

No total, serão oito apresentações em quatro escolas públicas:  os centros de ensino médio (CEMs) 3 de Planaltina e de Sobradinho II, Fundamental 3 de Sobradinho e Queima Lençol, na Fercal.

Apresentado em escolas públicas, o espetáculo apresenta a dinâmica dos sonhos, com questionamentos sobre o que é real | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O espetáculo é uma videodança, que representa uma mistura entre o audiovisual e a dança, tendo como principal ferramenta o movimento. A obra dialoga a respeito das possíveis certezas e incertezas que nos parecem óbvias e questiona: “O que é sonho? O que é realidade? Sonho é realidade? Sonhar é isso que faço enquanto durmo? Quando realmente estou acordado?”

“É importante estarmos no espaço escolar, não só para mostrar a nossa fala, através do espetáculo, mas para incentivar o público jovem a participar da arte e da cultura, e isso é um saldo positivo, pois recebemos diversos feedbacks dos alunos perguntando o que precisa para estudarem teatro”
Victoria Oliveira, atriz

“Temos um espetáculo híbrido com o processo online, em que duas artistas participam de maneira remota. Os alunos podem esperar um espaço acolhedor, onde experimentam sensações que estão fora do cotidiano da sala de aula. A ideia é apresentarmos a dinâmica dos sonhos, como acontece, e o questionamento sobre o que é real e o que é sonho”, explica um dos artistas, Leonardo Rosa.

Participam da encenação seis artistas locais com cerca de 20 anos de experiência no teatro, quatro presenciais e dois vivenciados remotamente. Para eles, mais do que apresentar o conteúdo, é levar a arte para as escolas públicas.

Wagner Macário, diretor do CEM 4 de Sobradinho, diz que o espetáculo é mais uma forma de atrair os alunos e diversificar as atividades desenvolvidas na escola

“É importante estarmos no espaço escolar, não só para mostrar a nossa fala através do espetáculo, mas para incentivar o público jovem a participar da arte e da cultura, e isso é um saldo positivo, pois recebemos diversos retornos dos alunos perguntando o que precisa para estudarem teatro”, completa a atriz Victoria Oliveira. Ainda fazem parte do grupo as atrizes Lisiane Queiroz, Thais Cordeiro, Laura Cordeiro e Louise Lucena.

Atividades diversificadas

Para o diretor do CEM 4, Wagner Macário, o espetáculo é mais uma forma de atrair os alunos e diversificar as atividades desenvolvidas na escola. “Somos a primeira escola de Sobradinho a fazer parte do ensino médio integral e sempre procuramos trazer novidades para os alunos. Esse projeto traz uma reflexão, e tudo que é voltado para a arte e faz o aluno refletir é muito bom, são maneiras que procuramos de evitar a evasão escolar e manter o estudo atrativo.”

A aluna do 3º ano Evelly Rafaela Pereira, de 18 anos, destaca que sempre foi atraída pelo teatro e relembrou momentos da sua vida com o espetáculo. “Voltei para um imaginário de sonhos que já vivi e me trouxe para outras realidades. Eu gosto de teatro, ensaio em casa sempre e gostei muito, tenho planos de fazer teatro. E essas apresentações na escola são muito legais, atraem os alunos”, comenta.

Também estudante do 3º ano, Kássia Kamila Rocha, de 17 anos, diz que as surpresas do espetáculo prenderam a atenção dela e dos demais colegas. “Foi muito diferente do que esperava e me surpreendeu. Acho muito interessante essa maneira da escola aplicar coisas novas para nós alunos, sempre aprendemos algo e de uma forma dinâmica, saindo do usual de sala de aula”, finaliza.

Fonte Agência Brasília