Um professor negro da rede estadual de ensino de São Paulo foi preso acusado de roubos e sequestros, mas a escola em que ele dá aula em Igua...
Um professor negro da rede estadual de ensino de São Paulo foi preso acusado de roubos e sequestros, mas a escola em que ele dá aula em Iguape, no interior do Estado, afirma que ele estava trabalhando no momento do crime.
Clayton Ferreira Gomes dos Santos é acusado de participar do sequestro de uma senhora de 73 anos em outubro de 2023. A senhora foi abordada por duas mulheres e um homem, que a levaram a um banco e a obrigaram a sacar R$ 11 mil.
Cleiton foi convocado para a delegacia para prestar esclarecimentos na última terça-feira (16). O professor, inclusive, achou que o pedido era para esclarecer um furto de celular que havia sofrido. Ao se apresentar, foi preso sob a alegação de que havia sido reconhecido pela vítima.
A direção da escola onde ele trabalha emitiu um documento falando que Cleiton estava assim na escola no momento em que esse crime teria sido teria ocorrido e que não teria como ele ser o autor desse crime.
Habeas corpus
Clayton ficou a noite na prisão. Após passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (17), no Fórum Criminal da Barra Funda, seus advogados pediram que ele respondesse a acusação em liberdade. O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou o pedido.
A defesa apontou que manter Clayton preso era excessivo e apontaram que ele tem ocupação, residência fixa e é réu primário. O desembargador concedeu o habeas corpus por entender que “tudo indica" que estava ocorrendo constrangimento ilegal do professor.
Na decisão, o magistrado também ressaltou que Clayton foi detido só cinco meses depois da expedição do mandado de prisão, em novembro do ano passado, por não morar perto de onde ocorreu o crime. Destacou ainda que a única informação que indicava que ele era o autor do crime é o reconhecimento fotográfico pela vítima.