Dança-Cultura Ticuna - Divulgação FMZ nas Escolas - Foto por Thiago Sabino Mais fotos: https://bit.ly/FotosFMZ O corpo que dança, sente, en...
Dança-Cultura Ticuna - Divulgação FMZ nas Escolas - Foto por Thiago Sabino
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O corpo que dança, sente, ensina e comunica. De 10 a 14 de junho, estudantes, professores e profissionais de educação de escolas públicas do Distrito Federal terão a oportunidade de receber grupos de dança e performance que participam do Festival Marco Zero nas Escolas. Serão 12 espetáculos e uma atividade formativa em escolas das regionais de ensino de Santa Maria, Gama e Park Way.
O projeto da produtora Lago é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF) e faz parte de uma mobilização coletiva para inserir a dança no contexto escolar, como recomenda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Entre as temáticas abordadas nas apresentações do festival estão diversidade de gênero, racismo, tecnologia, resistência indígena e inclusão.
O Coletivo Terreiro Urbano, por exemplo, leva para as escolas envolvidas no festival o espetáculo “VALIA +” que representa o esforço físico e mental do cotidiano dos motoboys, questionando sensações, alívios e tensões. Na mesma linha “Ilógico”, de Thiago Nau, representa os desafios que o artista enfrenta durante a construção de sua carreira. O universo do trabalho também está presente na coreografia “Burnout”, da Cia. Under7, que se dedica a expressar as sensações de quem sofre com esta síndrome.
Outro destaque do Festival Marco Zero nas Escolas é o artista Oziel Ticuna, que apresenta a dança e cultura do povo indígena Ticuna Magüta, do Amazonas. “Somos os territórios, nossos corpos são territórios dos nossos povos, conosco carregamos a ancestralidade, a cultura, a tradição, costumes e a nossa língua. Somos a resistência dos nossos povos Magüta e a nossa dança trará a energia positiva, espiritualidade, a paz e a alegria”, ressalta Oziel.
Ainda na programação do festival, o artista Marcos Davi faz uma performance intitulada “Condutor e Conduzido”, que explora as relações de contato e movimento entre o celular e o humano, utilizando-se de técnicas da dança acrobática e da mímica. Uma crítica sobre a priorização do celular no campo de atenção da sociedade contemporânea.
Também integra a programação do Festival Marco Zero nas Escolas a coreografia “Antípoda”, apresentada pela Cia de Dança Libras em Cena, primeira companhia de dança bilíngue (Libras e Português) no Brasil, composta majoritariamente por bailarinos surdos e duas ouvintes fluentes em Libras. A coreografia apresenta um mundo em que a Língua de Sinais é majoritariamente utilizada e que os ouvintes precisam se esforçar para se comunicar.
Antípoda - Divulgação FMZ nas Escolas - Foto por Thiago Sabino
Diversidade
O grupo CircomVida traz para o Festival Marco Zero nas Escolas o espetáculo “Os dançarinos irmãos Sukulonsky”. Uma apresentação de dança cômica, onde o assunto é a alegria e a liberdade de uma mulher Palhaça nas ruas e praças do DF.
Na performance “Rio Novo, tempo e minhas mães”, o artista Francisco Rio fala de um corpo trans que dança atravessado por preconceitos, violências e descasos. A crítica social também está presente em “Breve Costura Ancestral”, do coletivo Likidah, no qual bonecas negras feridas são apresentadas como retratos da violência da colonização.
Showcase, da Cia Mutum, apresenta a pluralidade dos corpos na versatilidade de estéticas da dança. Ao narrar a história de corpos não padrões, os dançarinos usam de suas bagagens culturais para dialogar com um novo jeito de mover, um grito daqueles que querem mudança. A trilha sonora tem como base os ritmos regionais e afro-brasileiros.
Oficina
A atividade formativa do Festival Marco Zero nas Escolas é a oficina “Fluir o fluxo”, que trabalha o potencial criativo por meio da dança e da yoga. A instrutora Marcelle Lago é também idealizadora, produtora e curadora do Festival Marco Zero. Bailarina e pesquisadora, ela conta que a oficina visa proporcionar aos estudantes do Ensino Fundamental uma experiência enriquecedora e o desenvolvimento de habilidades artísticas, físicas e socioemocionais a partir das conexões entre dança e yoga.
“A proposta aborda diferentes manifestações da dança por meio da exploração de diversos estilos e tradições, valorizando a diversidade cultural e estética e visando desenvolver a expressão corporal, criatividade, estímulo à expressão e comunicação por meio do movimento corporal. O intuito é desenvolver nos estudantes e educadores a capacidade de expressão individual e coletiva, além de habilidades motoras e práticas coreográficas”, explica Marcelle.
A 7ª edição do Festival Marco Zero nas Escolas antecede o Festival Marco Zero de Dança em Paisagem Urbana, que acontece de 6 a 13 de julho, com 15 intervenções e 2 oficinas em diferentes regiões do Distrito Federal.
Além de Marcelle Lago, fazem a curadoria do festival a doutora em artes e artista indígena Bárbara Matias, da etnia Kariri (Ceará), a professora do Cefet-RJ e pesquisadora cuír lésbica futurista Flávia Meirelles, e a artista negra, mestra e professora de Licenciatura em Dança da UFPR, Ivana Motta.
Serviço - Festival Marco Zero nas Escolas
De 10 a 14 de junho
Escolas envolvidas no projeto:
- Centro de Ensino Médio n. 01 do Gama
- Escola Classe 206 de Santa Maria
- Escola Classe 218 de Santa Maria
- CAIC Carlos Castello Branco (Gama)
- Centro de Ensino de Vargem Bonita (Park Way)
Site: https://www.marcozerobrasilia.
Instagram: https://www.instagram.com/
Mais Fotos: https://bit.ly/FotosFMZ
Assessoria de imprensa
Fonte Portal de Notícias Ritmo Cultural