Sob a liderança de personagens controversos como Gim Argello e José Roberto Arruda, a chamada "República dos Condenados" emerge no...
Sob a liderança de personagens controversos como Gim Argello e José Roberto Arruda, a chamada "República dos Condenados" emerge novamente no cenário político brasileiro, com um objetivo audacioso: reconquistar espaço nas urnas em 2026.
Gim Argello, ex-senador condenado na Operação Lava Jato por ser acusado de receber R$ 7,35 milhões em propinas para proteger empreiteiros em CPIs da Petrobras, busca reabilitar sua imagem após ter sua sentença anulada pelo STJ em 2022 e arquivada pelo TRE-DF em 2024.
Apesar de ter cumprido apenas três anos de prisão de uma pena inicial de 19 anos, ele se reapresenta ao eleitorado com planos ambiciosos para retornar ao poder, apelidado nos bastidores da política local como "Gato de Botas", uma metáfora para sua habilidade de agir com discrição.
Ao seu lado nessa empreitada encontra-se José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal e figura central no escândalo do "Mensalão do DEM" (também conhecido como Caixa de Pandora), que desviou R$ 50 milhões dos cofres públicos.
Arruda foi preso em 2010 após a divulgação de um vídeo em que recebia uma sacola de dinheiro, delatado pelo ex-aliado Durval Barbosa. Mesmo carregando um passado que marcou negativamente a política brasiliense, ele também almeja voltar à cena política e essa não é a primeira vez.
A dupla ainda reforça seu elenco com nomes marcados por polêmicas. O ex-governador Agnelo Queiroz, envolvido no superfaturamento bilionário das reformas do Estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014, surge como pré-candidato à Câmara dos Deputados, enquanto o ex-deputado distrital Júnior Brunelli, famoso pelo episódio da "oração da propina" em 2009, na qual agradecia pelos recursos ilícitos recebidos como "bênçãos", busca retomar sua vaga na Câmara Legislativa.
Em meio a promessas de "obras e bênçãos", essa aliança parece apostar na nostalgia e na fragilidade de uma memória eleitoral ainda marcada pelos desvios bilionários que prejudicaram o Distrito Federal.
Os protagonistas da "República dos Condenados" desafiam a consciência crítica do eleitor brasiliense, tentando se reposicionar no cenário político até então dominado pela desconfiança e indignação do povo contra essas figuras.
Diante dessas movimentações, cabe refletir: o eleitorado estaria disposto a dar uma nova chance a figuras tão controvertidas? Pensar criticamente sobre o peso do voto é fundamental para o destino político da capital.
Da redação do Portal de Notícias Ritmo Cultural

