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Ahsoka traz nova galáxia e velhos amigos em 6º episódio | Recap

Crédito: Lucasfilm/Divulgação A galáxia muito, muito distante de  Star Wars  ficou pequena para  Dave Filoni  e sua  Ahsoka . A série do  Di...

Ahsoka traz nova galáxia e velhos amigos em 6º episódio | RecapCrédito: Lucasfilm/Divulgação

A galáxia muito, muito distante de Star Wars ficou pequena para Dave Filoni e sua Ahsoka. A série do Disney+ entra na reta final preparando o caminho para o temido retorno do Grão Almirante Thrawn (Lars Mikkelsen). Exibido na última terça (19), o sexto e antepenúltimo capítulo trouxe rostos conhecidos de volta e uma bem-vinda expansão da saga espacial, que mostra que ainda tem muito a surpreender.

[Atenção: Zona de Spoilers de Ahsoka abaixo]

Apropriadamente intitulado “Muito, Muito Distante”, o capítulo segue a jornada intergaláctica de Ahsoka Tano (Rosario Dawson) e Huyang (David Tennant). Viajando, de gaiata, nas baleias espaciais purrgil, Ahsoka discute a escolha de Sabine Wren (Natasha Liu Bordizzo) de entregar o mapa para a localização de Thrawn nas mãos do misterioso Baylan Skoll (Ray Stevenson).

Ainda que a ex-Jedi também tenha afeto pelo exilado Ezra Bridger (que se sacrificou para sumir com Thrawn ao final da animação Rebels), Lady Tano segue relutante em confiar que a aprendiz entende a necessidade de abdicar buscas pessoais em nome de um bem maior.

Ahsoka e Huyang viajam entre galáxias. Crédito: Lucasfilm/Reprodução

É curioso, então, que o roteiro de Filoni também abdique de acompanhar Ahsoka pelo resto do episódio, já que a abertura é a única aparição da personagem ao longo dos 49 minutos do capítulo. Se o quinto episódio foi inteiramente focado em curar as velhas feridas da guerreira, “Muito, Muito Distante” nos atualiza do resto das subtramas deixadas em aberto, e abre, literalmente, um caminho totalmente novo para Star Wars.

Novas galáxias, velhos perigos

Com Sabine de prisioneira, Baylan, Shin (Ivanna Sakhno) e Morgan Elsbeth (Diana Lee Inosanto) finalmente chegam à galáxia vizinha, onde acredita-se que Thrawn segue exilado. O roteiro de Filoni e a direção de Jennifer Getzinger aproveitam a liberdade criativa para trazer à tela um fascinante mundo novo, mas que também guarda perigos. A ousadia de Filoni em apresentar uma OUTRA GALÁXIA à franquia com mais de 40 anos prova que o aprendiz fez direitinho as lições de casa do mestre George Lucas.

Isso porque um dos grandes trunfos do criador de Star Wars sempre foi a criação de mundos, personagens, espécies alienígenas, enfim, tudo que nos fez apaixonar pela saga espacial de cara. O quadro em branco de Filoni e equipe é o desolado planeta Peridea, descrito como “o lugar onde as baleias vão para morrer”, como indicado pelo impactante anel orbital formado por esqueletos das criaturas, e também o lar milenar das bruxas malignas Irmãs da Noite.

Irmãs da Noite guardam os mistérios da nova galáxia. Crédito: Lucasfilm/Reprodução

Morgan e comitiva são recebidos pelas feiticeiras que, aliadas a Thrawn, também buscam uma forma de retornar à galáxia principal. A espera de 6 episódios pela chegada do vilão é compensada com uma longa sequência na qual Thrawn exibe toda a imponência de seu gigantesco destróier espacial, a Chimaera.

A entrada triunfal traduz, em todos os sentidos, a grandiosidade da ameaça do Grão Almirante, vivido com frieza e calculismo horripilantes por Lars Mikkelsen. Para os fãs de Rebels, é um sonho realizado ver o ator, que deu voz a Thrawn no desenho, finalmente na pele do azulão, e com sede de vingança.

Além da nave gigantesca, Thrawn possui um exército de stormtroopers mais ameaçadores que os originais. Com armaduras remendadas a ouro e sob o aparente efeito da magia sombria das Irmãs da Noite, a armada aparece pronta para realizar os desígnios do azulão.

Thrawn chega pronto para o combate. Crédito: Lucasfilm/Reprodução

Procura-se Bridger desesperadamente

Em busca do amigo perdido, Sabine é libertada à própria sorte por Thrawn. De posse apenas de suas armas e uma montaria, a mandaloriana explora Peridea atrás de Ezra. Mal sabe ela que o Grão Almirante tem planos mais nefastos, já que encarrega a dupla Baylan e Shin de dar cabo de Sabine e Bridger.

Com interpretação excelente do saudoso Ray Stevenson, Baylan continua um personagem interessante, embora Filoni derrape em apenas pincelar as reais motivações do Jedi caído. Em conversa com a aprendiz, ele apresenta mais tons de cinza ao mesmo tempo que, relutantemente, demonstra uma dose de afeto para com a antiga Ordem Jedi. Baylan argumenta que a sucessão de guerras e ascensões de líderes sombrios seria um ciclo sem fim, cabendo a ele romper o conflito com algum poder que ele espera encontrar em Peridea.

Shin e Baylan buscam romper o ciclo de destruição. Crédito: Lucasfilm/Reprodução

O estranho é que, convenientemente, Skoll, que até então era o principal antagonista da trama, aponta para um possível caminho de anti-herói ao mesmo tempo em que o roteiro precisa dar lugar a Thrawn como ameaça maior.

Voltando a Sabine, ela segue perambulando pelo planeta e topa com uma simpática raça alienígena que reconhece o símbolo da Aliança Rebelde na armadura da mandaloriana. A heroína é levada ao pequeno vilarejo das criaturinhas, onde finalmente alcança seu objetivo e aquece os coraçõezinhos dos fãs fervorosos de Rebels: Ezra Bridger está de volta.

Uma nova esperança, uma nova ameaça

Natasha Liu Bordizzo e Eman Esfandi cumprem a missão de vender o emocionante reencontro de Sabine e Ezra, mesmo para quem não acompanhou as 4 temporadas de Star Wars: Rebels. Mérito também da direção, que constrói, aos poucos, a grande revelação do personagem em um suspense que, ok, é batido, mas sempre funciona.

Barbudo, cabeludo, mas não menos carismático do que quando o vimos pela última vez, Ezra abraça a grande amiga como quem reencontra não só uma irmã, mas a única chance de uma volta para casa que antes nem seria possível.

Ezra abraça a esperança de voltar para casa. Crédito: Lucasfilm/Reprodução

Vale lembrar que, cronologicamente, o Jedi não viu a queda do Império ou as vitórias da Nova República contra os insurgentes do antigo regime. O series finale de Rebels ocorre antes até dos eventos do Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977). Mesmo sedento por novidades, Sabine escolhe aproveitar o momento com o colega, guardando para si o real motivo de estar ali e a “traição” a Ahsoka.

Enquanto isso, Thrawn maquina o próprio retorno, mas não sem antes aprender sobre Ahsoka Tano, e como ela pode colocar seus planos a perder. O capítulo conclui antecipando o conflito entre o almirante e a ex-Jedi. Esperança vs. Impiedade: o embate que pode ditar os rumos da (ou, agora, das) galáxias, e da própria saga Star Wars.

Material Complementar

Boa parte de Ahsoka incorpora elementos de Star Wars: Rebels, animação que originou personagens como Sabine, Hera e Ezra. Sabendo que muitos fãs da saga podem não ter assistido à série animada, nossos recaps são acompanhados por dicas de episódios de Rebels que podem complementar a experiência de Ahsoka.

Episódio mostra a frieza tática de Thrawn. Crédito: Disney XD/Reprodução

A indicação da semana é Zero Hora – Partes 1 e 2, episódios 21 e 22 da terceira temporada. A dobradinha que encerra o terceiro ano mostra um ataque do Grão Almirante Thrawn contra a base dos Rebeldes e mostram na prática por que ele é uma ameaça tão grande. Curiosamente, essa trama também mostra o Ezra indo atrás de Sabine, uma inversão do que está sendo mostrado em Ahsoka.

Ahsoka tem episódios inéditos toda terça, às 22h, no Disney+. O streaming do Mickey também tem as demais produções do universo Star Wars.

Fonte Jovem Nerd